Tudo aquilo que
quis, mas não disse.
Tudo aquilo que
ouvi sem merecer.
Tudo o que ansiei
ouvir, mas calou.
Vira tudo lágrima,
noites sem dormir, raiva...
E por fim texto.
Pedra atirada a
esmo, jamais.
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Palavras bonitas
não me ajudam, mas também não me ferem, o que já é de grande valia. Afinal,
mais fácil é lidar com a ferida já cicatrizada, já conhecida e velha amiga, do
que com as quais acabaste de abrir.
O que escrevo é
intuitivo. Quero me fazer entender. Quero transferir para o papel o que sinto e
o que penso. Os puritanos que me desculpem, mas as amarras da língua
extremamente correta não me interessam, incomodam até. Quero expressão, emoção.
Sujeitos, predicados, verbos, conjunções, etc., que se danem. Quero que mexa
com quem lê. Mesmo que seja pela indignação do erro de português cometido.
Por que a sombra de
nossos pais por vezes nos persegue?
Queremos superá-los
ou igualar em tudo que admiramos, mas nem sempre conseguimos. Queremos fugir
pra não ser tudo aquilo que detestamos. Impossível, passamos a vida toda nos
comparando, para o bom ou para o ruim. Acho que nos deveria ser dado o direito
de escolha do que herdar. Qual parte do DNA queremos carregar.
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Ahh a paciência... Taí
uma virtude que eu queria ter. E outras que derivam dela como a calma. Mas esse
vulcão que habita em mim não me permite tamanha qualidade!