segunda-feira, 9 de abril de 2012

Devaneios...


As vezes a vontade é desistir, levantar bandeira branca.A gente tropeça, se levanta, desanima, se ergue de novo, levanta a cabeça, infla o peito e vai com toda a garra.Surpresa! Mais um obstáculo, mais um tombo...e então a gente cansa, cansa da luta diária, das pequenas batalhas.Mas a quem pedir trégua??? A quem pedir um tempo quando a nossa guerra é interna? Se o único inimigo na trincheira somos nós mesmos? Não dá né! Então a gente se ergue e começa tudo de novo!

--

Me sinto uma doença auto imune: me volto contra mim mesma, me destruo até que eu esteja arrasada. Auto-boicote. E pra completar tamanha redundância, tamanho egocentrismo eu me pergunto: onde foi que eu errei?

--

Sento e admiro. A paisagem do jardim em frente me faz sentir como em um quadro de Monet. Já me vejo descalça na grama embaixo de um triste Chorão, o sol de meio de tarde aquecendo algumas plantas, o vento beijando meus cabelos e mudando a forma do meu vestido. Mas espera aí, vejo onomatopeias no meu Monet...é um fusca cor de rosa me trazendo a realidade!

--

Mudanças...
Tenho pavor delas. O desconhecido e a falta de controle sobre o que virá me enlouquecem. Mas vou na contramão e as faço - as mudanças -, por menores que sejam. Não posso sentir o tédio ou a rotina se aproximando que mudo:a cor do cabelo ou o corte, meu ponto de vista, o jeito de falar, até o emprego. Meu método é 'não convencional', me explico, se meu medo é de altura...simplesmente me jogo.

--

Choro, esperneio, me viro do avesso. Sofro, me arrependo e ouço: erro calculado minha filha, nada que não possa ser sanado. Na verdade não sei, nunca calculei nada, que dirá meus erros. Talvez até tenha tentado consertá-los, mas seguirão a vida toda rotulados como erros. Mudar rótulos dá trabalho, dá preguiça!