domingo, 14 de novembro de 2010

Das conversas que ouço...


Homens falando sobre amor verdadeiro, relacionamento, casamento, sexo  casual, e quais dentre essas são realmente importantes. Patético!

- O que é realmente importante??? O amor verdadeiro... Hahahaha

Sim, isso mesmo, ele segue numa teoria deprimente, com risadas altas, que são seguidas pelo outro homene na mesa, enquanto a mulher que os acompanhas dá sorrisos tortos. Suas idéias vão da inexistência do amor verdadeiro ao sexo sem compromisso, com a facilidade e desapego de quem comenta a pelada do final de semana:

- Conhecer uma mulher bonita, sair pra jantar, transar sem compromisso, não significa que você não gosta da sua esposa e dos seus filhos. Significa apenas uma aventura.

Ahhh, mas eu digo que significa muito mais que isso. Significa que você, mais do que não ama, você não respeita sua esposa, não se importa com o que seus filhos vão pensar quando entenderem isso. Significa que sua lealdade é zero e que seu egoísmo é 100%. Significa que você não para pra pensar que sua esposa trabalha, cuida da casa, dos filhos e de tudo que lhe é, ou deveria ser, caro. E se ela quiser dar um 'passeio' com o colega de serviço, só pra tomar um café?! Ahhh eu aposto que vira divórcio, com briga pela guarda das crianças porque ela, como boa vagabunda que é, não merece ficar com os filhos. E olha que foi só uma café! E ele segue:

- Vôces mulheres é que romantizam demais!!!

Canalha! Só espero que a filha dele não tenha o azar de cruzar com qualquer um dois tipos de canalha que ele é: o marido que trai sem a menor cerimônia, ou o cara que te leva pro motel e nunca mais dá as caras. Acho que ele não ia gostar de ver a filha sofrer por estes tipinhos.

Patético!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Da série mau humor crônico...

Até agora foram os textos bonitinhos e tal, mas quem me conhece sabe que sofro de mau humor crônico, então hoje vai um textinho mais ácido, mais vida real!



Alguém por gentileza pode matar a pessoa que inventou os celulares com auto-falantes?! Quem foi que disse que o ser humano sabe usar esse tipo de liberdade? Sim, porque não sabe, é fato!
As criaturas simplesmente ignoram a regra numero um do convívio em sociedade: a liberdade de um termina onde começa a do outro. Ou seja, eu e o metrô inteiro não somos obrigados a ouvir Justin Bieber em alto e bom (nem tão bom assim) som. Ou ao menos não deveríamos ser , mas graças a falta de noção alheia, passamos alguns intermináveis minutos ouvindo esta “obra-prima” da música americana. (E depois ainda deu uma piorada com os clássicos do sertanejo universitário)
Tá, tudo bem, pode dizer que eu sou mau humorada, e se isso fosse um fato isolado eu seria a primeira a concordar – sim, eu tenho noção da minha chatice – mas infelizmente não é. É cada vez maior a quantidade de pessoas que nos obriga a “engolir” o mal-gosto alheio, e o pior: ouvir calados. Porque nós sim somos pessoas educadas e civilizadas que só xingamos a mãe da santa criatura em pensamento, quando na verdade deveríamos gritar em um som tão bom e alto quanto de seus celulares: desliga esta porcaria seu FDP! É... viva a liberdade alheia e a total ausência da nossa!

P.S.: este texto e o de estréia foram escritos no mesmo dia, sendo este pela manhã na ida para o trabalho e o outro a noite na volta pra casa. Será que a pessoa sofre de alterações do humor???

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu

Já caí e levantei muitas vezes. Pra aprender a caminhar então, quanto tombo. E na verdade acho que ainda estou aprendendo.

Já chorei, já ri, já chorei de tanto rir. Mas acho que no fim das contas chorei mais, o que não faz de mim uma pessoa triste, e sim uma chorona de marca maior. Qualquer coisa me faz chorar, e não acho isso ruim.

Falo pelos cotovelos, falo demais até. Aprendi a falar cedo, acho que é culpa dessa minha urgência em me fazer entender. Falo muito sem pensar. Mas ainda tenho tempo pra aprender a calar.

Já morei longe do meu lugar, mas sempre quis voltar. Adoro estar lá, mas é aqui que prefiro ficar. Também já morei em várias casas e apartamentos, e todos me trouxeram muitas alegrias, mas nenhum a tranqüilidade do meu paraíso atual.

Já quis tanta coisa. Algumas consegui, já outras, até hoje parecem não fazer sentido pra mim. Já quis aprender a dirigir, e hoje ta aí, carteira na mão e não dirijo nem por decreto.

Já quis ser professora, dançarina, aeromoça, piloto de avião. Quis ir à lua, à Austrália, mas tenho preguiça até pra ir à esquina. Hoje acho até que quero pouco, na verdade nem sei o que, mas ser feliz já está ótimo.

Amigos...Tive muitos. Hoje tenho alguns, poucos na verdade, mas de importância inestimável pra mim. Alguns estão longe, outros muito longe, uns por aqui. A maioria pouco vejo ou falo, uma vejo com freqüência, os outros se encaixam no meio termo. Mas todos me fazem muita falta.

Amores... Não sei se despertei algum, e tenho minhas dúvidas se eu mesma já vivi ou senti. Mas as paixões... Ah! Essa sim sei que já provoquei e já vivi algumas. Já declarei minhas paixões, e já ouvi declarações, e já esperei por uma que não veio. Acredito que todas tenham sido verdadeiras, tanto as que dei como as que recebi, pena que nem sempre se pode corresponder a tudo.

Já esperei por alguém que não veio, por um telefone que não tocou, por um beijo que não se repetiu. Mas afinal quem ainda não? Mas tudo bem, já passou.

Já me fechei em copas, construí muros ao meu redor, já os derrubei, é fato, e me dei mal, e ainda assim não me arrependo. Mas ainda me defendo, só que no lugar dos muros, coloquei grades. Assim posso ver quem se aproxima e analisar melhor antes de permitir que adentrem meu mundo, mas isso não me garante nada. Existem pessoas que tem a incrível habilidade de atravessar minhas grades e me pegar desarmada, as vezes é bom, e em outras, a gente aprende...

sábado, 6 de novembro de 2010

Pra começar...


Bom pessoas, faz tempo que ensaio esse blog, mas meu perfeccionismo e minha auto-crítica feroz nunca me permitiram isso. Mas agora vai!

Então vou estreiar com um texto escrito em setembro, enquanto voltava pra casa no trem depois de uma aulinha bem chaaata na facul.
Voilà!


Querendo. Momentos sinceros, amigos por perto, parar de trabalhar. Dinheiro no bolso, com pouco esforço, cantar e dançar. Uma vida tranquila, cachorros do lado, minha cama, meu lar.
Tentando. Largar essa vida de tanta preguiça e me exercitar. Parar com a Coca-Cola, o chocolate a qualquer hora, cachorros na cama, meus vícios...sei lá. Ter mais paciência com essa gente tão tensa a me rodear; e com as coisas da vida, que a gente dúvida, mas tem que aceitar.
Com medo. De não ver quem amamos com tanta freqüência porque irão se mudar; de perder meu ‘pitoco’ por ele ir jogar bola do outro lado do mar. De toda essa violência que insiste em aumentar. E também do meu Grêmio, entre o céu e o inferno na série A.
Podendo. Ainda pouco, pra quem não quer ficar louco, mas o suficiente talvez, pra se manter no lugar: escrever, dormir e sonhar.